O conto A CAIXA DE ISADORA

 





Isadora era uma professora que era sempre animada, de bem com a vida, todos os alunos gostavam dela, seus colegas de trabalho também gostavam dela. Para ela, era difícil dizer não, esse era o grande “problema” dela. Como nunca dizia “não” e era considerada a alma das festas, não era difícil vê-la cansada no início de cada semana.

Um dia, ela apareceu triste na faculdade, e todos acharam estranho. Pedro, seu melhor amigo, estava com dificuldades de falar com ela naquele dia. Ela estava muito “fechada” para todos, mas no refeitório ela não teve muita escapatória.



  • O que aconteceu, Isa? - perguntou Pedro, preocupado.

  • Minha avó faleceu essa noite, recebi uma mensagem de texto da minha mãe às três da manhã.

  • Puxa, meus sentimentos. Posso fazer alguma coisa?

  • Só se você puder trazê-la de volta, para me despedir.

  • Olha, isso eu não posso fazer, mas posso te levar para dançar essa noite, aceita?

  • Não sei.

  • Vamos, isso pode te animar, você sempre gostou de dançar.

  • Pode me fazer um favor?

  • Claro!

  • Poderia me levar à casa da minha avó amanhã? Tenho que ir lá encontrar minha família. Ela morava fora da cidade, em uma fazenda em Leave's Fall.

  • São 3 horas de viagem. Vamos fazer assim: hoje eu durmo na sua casa e amanhã de manhã cedo vamos viajar.



Acabado o expediente, Pedro foi para casa com Isadora. Eles eram amigos desde a infância, nunca tinha acontecido nada entre eles, eram como irmãos.

No dia seguinte, acordaram, tomaram um bom café da manhã, quando Isadora recebeu um telefonema de sua mãe dizendo que todos já estavam no caminho para a casa da avó, então pegaram o carro e caíram na estrada. No meio do caminho, Isadora começou a chorar.



  • Não fica assim não, sua avó viveu a vida dela, cuidou muito de você, que eu sei, e agora chegou a hora dela descansar.

  • Eu também penso assim, mas tenho muitas lembranças dela, muitas, principalmente das histórias que ela contava.

  • Desculpe a pergunta, mas ela faleceu com quantos anos?

  • 120 anos.

  • Nossa, viveu bem. Que tipo de histórias ela costumava contar para você?

  • Todo tipo, mas principalmente histórias de fantasmas, umas histórias de terror, ela colocava no colo uma caixa de madeira, abria, fechava os olhos e começava a me contar, ela dizia que a caixa era mágica, e nunca me deixou olhar dentro, eu costumava realmente achar que a caixa tinha algum tipo de poder que só ela podia controlar.



Pedro riu, colocou uma música animada e os dois começaram a cantar.

Chegando à fazenda da avó, Isadora viu que toda sua família já havia chegado, uns dois carros ainda estavam estacionando, então não chegaram tarde. Houve uma pequena missa no celeiro, com um padre. Todos fizeram discursos e falaram bem da avó, lembraram de histórias com ela e de histórias que ela contava. Depois da missa, foram todos para a casa para a leitura do testamento. Para a surpresa de todos, a avó não tinha deixado muita coisa, o que deixou toda a família com raiva. E para a Isadora, uma boa quantidade de dinheiro e a caixa das histórias, mas ela só podia receber tudo sob uma condição: tinha que passar uma semana na fazenda e depois vender tudo. E é claro que ela aceitou essa condição. A família ficou nervosa com tudo aquilo, e Isadora disse que não compartilharia o dinheiro com ninguém, por motivos pessoais, então todos entraram nos carros e foram embora, deixando somente Pedro e Isadora na fazenda.

OS dois entraram no carro, foram até uma pequena mercearia na beira da estrada para comprar comida para uma semana e depois voltaram para a fazenda. Isadora mostrou tudo para Pedro, apesar de serem amigos desde pequenos, ele nunca tinha ido lá. Havia um lado de Pedro que ela também não conhecia, ele sabia consertar coisas, montar a cavalo, era um lado bem rural, ela gostou daquilo.

De noite, jantaram bem, assistiram um pouco de TV e foram dormir, dormiram em quartos separados. Às 3:00, Isadora ouviu alguém chamar, sabia que não era Pedro, pois era uma voz feminina. Ela pegou um taco de madeira e desceu as escadas bem devagar, andou pela casa toda, trancando as janelas, mesmo as menores, e então, quando ia subindo as escadas, viu um brilho fraco debaixo da escada, e viu que a caixa que havia herdado de sua avó estava lá. Ela não fazia ideia de como havia parado ali, mas decidiu abrir. Assim que abriu, uma voz suave a acalmou, um forte vento veio de lugar nenhum e então uma voz, dessa vez masculina, ecoou em seus ouvidos.



  • Olá, Isadora, a descendente.

  • Descendente?

  • Sim, a nova guardiã da caixa. Estaremos aqui para satisfazer seus desejos, todos eles, TODOS.

Então Isadora começou a imaginar um mundo só para ela, e a cada pensamento tudo ia se realizando, um mundo frio, feito de gelo, se formou em volta dela, com todos os tipos de monstros em volta dela: vampiros, lobisomens, um monstro de Frankenstein, todos nus em volta dela. Ouvindo barulhos, Pedro desceu as escadas e viu Isadora no sofá se masturbando e gemendo. Ficou olhando por um tempo, então subiu as escadas e se trancou no quarto, batendo a porta. Assim que ela ouviu o barulho, tudo voltou ao normal e ela apagou.

No dia seguinte, Pedro desceu as escadas e viu Isadora nua deitada no sofá, chegou perto dela e a acordou. Ela acordou com um susto.



  • O que aconteceu? - Perguntou ela, ofegante.

  • Noite passada, você dançou nua pela casa e se... tocou.

  • E o que você fez?

  • Eu admito que eu olhei por um tempo, mas, por respeito à nossa amizade, eu voltei para o quarto e tentei dormir.

  • Eu fiz uma coisa dessas? Que estranho, que vergonha.

  • O que te levou a fazer uma coisa dessas?

  • Eu não sei, só lembro de descer as escadas, olhar para a caixa de minha avó e acordar assim, nua... Você pode pegar umas roupas para mim? Não é legal ficar me vendo assim.

  • Desc... Desculpe.



Ele pegou roupas para ela, então foram para a cozinha tomar café, conversaram sobre a noite passada, saíram para passear e decidiram voltar para ver a caixa. Quando voltaram e pegaram a caixa, nada aconteceu, só parecia que era uma caixa velha e vazia. Isadora disse que aquilo acontecera tarde da noite, então decidiram esperar até de noite.

Tarde da noite, foram para o quarto, mas Pedro ficou esperando para ver se algo acontecia. Quando estava perto de um sono pesado, Isadora entra correndo no quarto de Pedro.



  • Está ouvindo isso? - disse ela, ofegante.

  • Não, não estou ouvindo nada.

  • Vamos descer, vamos olhar a caixa.



Quando desceram as escadas, a caixa não estava mais no lugar que deixara, um brilho fraco estava vindo da mesa da sala de jantar, foram rápido até lá, chegando lá viram que era a caixa, um brilho fraco saía de dentro, Pedro tentou abrir mas não conseguiu, quando Isadora foi tentar, a caixa abriu facilmente, e um vento forte passou por eles, e ele teve um susto, os olhos dela ficaram brancos, ela começou a tirar a roupa na frente dele, ele a tocou e quando ela virou para ele ele não sabia como reagir, os olhos dela estavam brancos, e ela estava com uma força sobre-humana, ela arrancou-lhe as roupas e ele como se estivesse em um transe só se entregou. Ela jogou-o no chão e então começou a montar nele, transaram até o dia amanhecer, e ela gritar de prazer.

Acordaram nus, no dia seguinte. Isadora não sabia o que tinha acontecido de novo, mas Pedro disse que se lembrava de quase tudo, como se estivesse vendo tudo de fora de seu próprio corpo. Isadora ficou horrorizada, decidiram que tinham que se livrar da caixa.

Isadora teve a ideia de enterrar a caixa ao lado do corpo de sua avó, e assim que tamparam o buraco, o tempo começou a fechar, e uma chuva forte começou a cair.



  • Isso atrapalha nossos planos de sair logo daqui. - disse Pedro.

  • Sempre choveu por aqui, chuvas estranhas. Você acha que tem a ver com a caixa?

  • Tomara que não.

  • Assim que parar de chover, sairemos rápido daqui.



A chuva só foi parar tarde da noite, umas 3:00, quando Pedro foi ao quarto de Isadora, não a achou lá, desceu correndo as escadas e não a achou em lugar nenhum, viu que a porta da cozinha estava aberta, saiu correndo e começou a ir em direção a trilha da floresta, andando muito viu um pequeno clarão, chegando lá, viu Isadora dançando nua em volta de uma fogueira, quando ela o viu, ela passou pelo fogo, o agarrou e arrancou as roupas dele, fez ele ficar de joelhos e com uma voz sexy, que não era a dela, “Me chupe, me chupe gostoso”, ele assim o fez, e ela começou a gemer, os dois depois de um tempo fizeram um bom 69, e então, Pedro recuperou a consciência, quando foi chamar a atenção de Isadora, ela começou a andar em direção a fogueira e ela começou a flutuar, e com a voz diferente ela disse:

  • Obrigada por se entregarem ao amor, sou a avó de Isadora, guardiã da caixa, essa caixa libera nossos segredos mais íntimos, Isadora está pronta para ter um filho, você dará esse filho a ela?

  • Sim, darei.



Assim que ele disse aquilo, ela gritou: “MENTIROSO”, então ela caiu de volta na fogueira e queimou viva.

No dia seguinte, ele acordou na floresta nu e não lembrou de nada, voltou correndo para a casa, se vestiu e saiu de lá correndo.

Pedro é atormentado até hoje com visões de uma mulher se masturbando tarde da noite e chamando pelo nome dele...





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